Vantagens e desvantagens das bebidas alcoólicas

Há anos, os investigadores verificaram que os franceses, apesar de comerem muitos alimentos gordos, apresentavam baixas taxas de doenças cardiovasculares. Embora bebessem cinco meses mais vinho tinto do que os seus vizinhos ingleses, tinham quatro vezes menos probabilidades de morrer de doenças cardíacas. Desde então, vários estudos demonstraram que beber uma a duas unidades de álcool diárias está associado a uma saúde melhor e a uma vida mais longa. Dados extraídos desses estudos revelam de uma forma consistente uma redução de cerca de 20% no risco de se desenvolverem doenças cardíacas em pessoas que bebem aproximadamente uma unidade de álcool por dia.

Há indícios de que os compostos de polifenóis existentes no vinho tinto interferem na formação de aterosclerose (depósitos de gordura que «endurecem» as artérias), contribuindo para manter os vasos sanguíneos saudáveis. Muitos destes compostos têm um efeito antioxidante, que pode explicar por que razão é que um consumo moderado de álcool também pode estar ligado a um risco menor de cancro. Embora estas conclusões ainda estejam em discussão, é provável que, em última análise, um copinho não lhe faça mal nenhum e o ajude a viver mais tempo.

Conheça as unidades de álcool

Uma unidade de álcool corresponde a Uma medida de bebidas espirituosas, com
8 gramas, o que em geral equivale a:

  • Um gin ou uísque, servida em bares ou pubs;
  • Um pequeno copo de vinho;
  • 3 decilitros de qualquer cerveja vulgar;

Mas o teor de álcool varia consoante as bebidas, tal como as medidas dos bares e o tamanho dos copos de vinho, portanto estas indicações não são rigorosas.

Beber até cair

A descoberta de que o hábito nacional de beber vinho tinto parecia proteger os franceses das doenças cardíacas ignorou um dado fundamental: morrem muito mais homens em França (e em todo o mundo) devido às consequências nocivas de beber álcool do que aqueles que poderiam ser salvos pelos efeitos benéficos da bebida. Embora uma pequena dose nos possa fazer bem, não há dúvida que o álcool em grandes quantidades é um veneno que pode afectar a maioria dos sistemas do corpo: se exceder mais do que uma vez de quinze em quinze dias os limites de álcool recomendados poderá viver menos 3 anos.

E os médicos estão agora a verificar até que ponto beber até cair – ingerir grandes quantidades de álcool em poucas horas ou durante um fim-de-semana prolongado -pode ser particularmente pernicioso, mesmo quando uma pessoa não ultrapassa os limites recomendados.

Após alguns copos o álcool começa a afectar o cérebro, provocando a degeneração das frágeis células cerebrais. As células sensoriais do olfacto são talvez das mais sensíveis a uma bebedeira, mas há outras zonas do cérebro às quais o seu efeito se estende sem demora. Há danos detectáveis na memória e as reacções são mais lentas, o que aumenta a probabilidade de acidentes.

Uma sensação de relaxamento evolui para uma perda de inibições, e podem ocorrer desmaios. Depois de uma noite bem regada algures fora de casa, os tecidos do corpo ressentem-se. O cérebro dos adolescentes -as pessoas que mais tendência têm para beber até cair – parece ser particularmente vulnerável aos efeitos nocivos do álcool. E também o das mulheres.

Talvez a consequência mais notória do consumo crónico de álcool se faça sentir no fígado, onde provoca uma inflamação das células hepáticas, chamada hepatite, e cicatrizes, uma doença chamada cirrose. Mas também causa úlceras gástricas e inflamações no estômago e no pâncreas. O álcool afecta a absorção dos nutrientes nos intestinos e pode conduzir à osteoporose, ou diminuição da densidade dos ossos. Provoca lesões no músculo cardíaco, nos nervos e no cérebro, e é responsável por problemas de memória, depressão e demência.

A impotência é vulgar nos homens que bebem muito e o consumo excessivo de álcool pode contribuir para a Infertilidade. Além disso, o álcool aumenta o risco de cancro da boca, do esófago, do fígado, do cólon e da mama.

E mesmo que não ataque o corpo, pode afectar o resto da sua vida: o álcool é uma causa frequente de problemas familiares, de relacionamento em geral, profissionais, financeiros e criminais. É fácil perceber de que modo o facto de beber em demasia pode retirar-lhe anos de vida.

Como beber com mais segurança

Respeite os limites recomendados: a maioria dos especialistas aconselha os homens a não beber mais de três a quatro unidades de álcool por dia e as mulheres a não ingerir mais de duas a três unidades diárias.

  • Não beba álcool durante a gravidez.
  • Não dê bebidas alcoólicas às crianças.
  • Não beba a sua dose semanal numa só noite. Beber até cair produz níveis muito elevados de álcool no sangue e é muito mais tóxico para as células do que se a mesma quantidade de álcool for
    consumida mais devagar e regularmente ao longo da semana.
  • Se conduzir, não beba.
  • Tente não beber álcool com o estômago vazio. Os alimentos podem atrasar
    a absorção do álcool pelo sangue.
  • Se estiver preocupado com a quantidade de álcool que bebe ou desconfiar que pode ter criado dependência de bebidas alcoólicas (se tiver necessidade de beber álcool logo de manhã para enfrentar o dia, por exemplo), consulte um especialista ou fale com o seu médico.

4 comentários

  1. Renato Pereira 24 de Setembro de 2011
  2. joaquim Daniel cristovao 15 de Maio de 2014
  3. Nelson Joaquim Roberto 11 de Junho de 2014
  4. Paultino Faro Epar Bmsy 29 de Outubro de 2014

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