Clincina Clindamicina caracteristicas medicamento

A Clincina está indicada no tratamento das seguintes infecções causadas por bactériasanaeróbias sensíveis ou estirpes de bactérias aeróbias Gram-positivas tais como
Streptococcus, Staphylococcus e Streptococcus pneumoniae, e estirpes sensíveis de
Chlamydia trachomatis.

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO

Clincina 150 mg/ml solução injectável

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Cada ml de Clincina contém:
– Fosfato de clindamicina equivalente a 150 mg de clindamicina base

Excipientes:
Este medicamento contém 37,44 mg de Álcool benzílico (9,36 mg por ml) por ampola de
4 ml.
Este medicamento contém 1,87 ? 2,01 mmol (ou 43,09 ? 46,25 mg) de sódio porampola de 4 ml, sob a forma de Edetato dissódico (2 mg por ampola) e Hidróxido desódio.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA

Solução injectável

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS

4.1 Indicações terapêuticas

A Clincina está indicada no tratamento das seguintes infecções causadas por bactériasanaeróbias sensíveis ou estirpes de bactérias aeróbias Gram-positivas tais como
Streptococcus, Staphylococcus e Streptococcus pneumoniae, e estirpes sensíveis de
Chlamydia trachomatis.

– Infecções das vias respiratórias superiores incluindo amigdalites, faringites, sinusites,otites médias e escarlatina.
– Infecções das vias respiratórias inferiores incluindo bronquites, pneumonia, empiema eabcesso pulmonar.
– Infecções da pele e tecidos moles incluindo acne, furúnculos, celulite, impetigo,abcessos e feridas infectadas. Em infecções específicas da pele e tecidos moles, taiscomo erisipela e paroníquia (panarício), será de esperar uma resposta satisfatória àterapêutica com Clincina.
– Infecções ósseas ou articulares incluindo osteomielite e artrite séptica.
– Infecções ginecológicas incluindo endometrites, celulite, infecções vaginais e abcessostubo-ováricos, salpingite e doença inflamatória pélvica, quando a sua administração sefaz conjuntamente com um antibiótico cujo espectro abranja os aeróbios
Gram-negativos. Nos casos de cervicite por Chlamydia trachomatis a terapêutica

farmacológica simples com Clincina apresentou-se eficaz na erradicação destemicroorganismo.
– Infecções intra-abdominais incluindo peritonites e abcessos abdominais quando a suaadministração se faz conjuntamente com um antibiótico cujo espectro abranja osaeróbios Gram-negativos.
– Septicémia e endocardites. Está comprovada a eficácia de Clincina no tratamento decasos específicos de endocardite para os quais Clincina demonstrou ter efeitobactericida sobre o microorganismo infeccioso nos testes de sensibilidade in vitrorealizados com as concentrações séricas necessárias.
– Infecções dentárias tais como abcessos peridentários e periodontites.
– Infecções por Plasmodium falciparum, dados sobre estudos não controlados,utilizando várias doses de clindamicina, sugerem que esta é uma boa alternativaterapêutica, administrada só ou em associação com quinina ou amodiaquina, oral ouparenteralmente numa dose de 20 mg/kg/dia por um mínimo de 5 dias, no tratamentoda infecção por Plasmodium falciparum multi-resistente.

4.2 Posologia e modo e administração

A posologia e modo de administração deverão ser determinados relativamente àgravidade da infecção, à situação do doente e à sensibilidade do microorganismo emcausa.

Dose recomendada de Fosfato de Clindamicina (administração IM ou IV):

Adultos:
A dose diária habitual para adultos de Fosfato de Clindamicina em caso de infecções da
área intra-abdominal, da pélvis feminina e outras infecções sérias ou complicadas é de
2400-2700 mg, administrada em 2, 3 ou 4 doses iguais. Infecções menos complicadascausadas por microorganismos sensíveis respondem a doses mais baixas da ordemdos 1200-1800 mg/dia administradas em 3 ou 4 doses iguais.
Têm sido utilizadas com sucesso doses diárias até 4800 mg.
Não se recomenda a administração IM de doses superiores a 600 mg.

Crianças:
Crianças com mais de 1 mês de idade ? recomenda-se 20 a 40 mg/Kg/dia, em 3 ou 4doses iguais.

No caso de infecções por Streptococcus beta-hemolíticos o tratamento deve manter-sedurante pelo menos 10 dias.

Tratamento da Doença Inflamatória Pélvica e Infecções do Cervix por Chlamydiatrachomatis:

1. Doença Inflamatória Pélvica ? tratamento em doentes internados
Administrar 900 mg de fosfato de clindamicina (IV) diariamente, de 8 em 8 horas,concomitantemente com um antibiótico de espectro apropriado para aeróbios
Gram-negativos por via endovenosa; ex. 2,0 mg/kg de Gentamicina seguindo-se aadministração diária de 1,5 mg/kg, de 8 em 8 horas, em pacientes com função renal

normal. Manter a administração oral diária de 450 mg de cloridrato de clindamicina, de 6em 6 horas, de forma a completar 10-14 dias totais de terapêutica.

2. Cervicite por Chlamydia trachomatis
Administrar 450 mg de cloridrato de clindamicina, 4 vezes ao dia, durante 10-14 dias.

4.3 Contra-indicações

O uso de clindamicina está contra-indicado em doentes com história pregressa dehipersensibilidade à substância activa clindamicina, à lincomicina ou a qualquer dosexcipientes.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

A clindamicina deve ser prescrita com cuidado a doentes com história de doençagastrointestinal, particularmente colite.

Em certos doentes o uso deste medicamento pode, tal como acontece com outrosantibióticos, desenvolver colites graves, por vezes fatais. O aparecimento da coliteassociada à antibioterapia pode ocorrer durante a administração do antibiótico ou após
2 ou 3 semanas.

A clindamicina não difunde no fluido cerebrospinal, não devendo portanto ser usada notratamento da meningite.

O uso de Clincina pode causar super-infecções por microorganismos não sensíveis,particularmente leveduras.

Clincina deverá ser administrado com precaução a doentes atópicos.

Recomenda-se que se façam provas funcionais hepáticas e renais aos doentes a quemseja instituída terapêutica prolongada.

A clindamicina não deve ser administrada não diluída por injecção endovenosa embólus, mas sim por perfusão por um mínimo de 10-60 minutos.

Este medicamento contém álcool benzílico. Não pode ser administrado a bebésprematuros ou recém-nascidos. Pode causar reacções tóxicas e reacções anafilactóidesem crianças até 3 anos de idade.

Este medicamento contém 1,87 ? 2,01 mmol (ou 43,09 ? 46,25 mg) de sódio porampola de 4 ml. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes comingestão controlada de sódio.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Foi demonstrado haver antagonismo in vitro entre a Clindamicina e a Eritromicina:considerando a possibilidade de este facto apresentar significado clínico, não se devemadministrar os dois fármacos concomitantemente.

A clindamicina apresenta propriedades bloqueantes neuromusculares reforçando aacção de outros bloqueadores neuromusculares. Deverá, por esta razão, ser utilizadacom precaução em doentes administrados com os fármacos em questão.

4.6 Gravidez e aleitamento

Gravidez: Não se estabeleceu ainda a segurança quanto ao uso durante a gravidez.

Mães em período de aleitamento: A clindamicina é eliminada no leite humano naconcentração de 0,7 a 3,8 µg/ml.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Clincina, solução injectável não interfere com a capacidade de conduzir e utilizarmáquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis

Gastrointestinais: dores abdominais, náuseas, vómitos e diarreia.

Reacções de hipersensibilidade: observou-se ocasionalmente eritema maculopapular eurticária durante a terapêutica. As reacções secundárias reportadas com maiorfrequência são eritema do tipo morbiliforme, sob uma forma ligeira a moderada.
Associam-se à administração de clindamicina casos raros de eritema morbiliformesemelhante à síndrome de Stevens-Johnson. Foram reportadas raras ocorrências dereacções anafilácticas.

Fígado: observaram-se ocasionalmente icterícia e resultados anormais das provasfuncionais hepáticas durante a terapêutica com Clincina.

Pele e mucosas: prurido, vaginites, e com menor frequência, dermatites exfoliativas evesiculobulhosas.

Hematopoiéticas: foram reportadas neutropenia (leucopenia) transitória, eosinofilia,agranulocitose e trombocitopénia. Em nenhum dos casos reportados foi possível atribuiruma etiologia directamente relacionada com a terapêutica por Clincina.

Cardiovasculares: foram reportados com raridade casos de paragem cardiorespiratóriae hipotensão a seguir a administração intravenosa demasiado rápida.

Reacções locais: irritação local, dor e formação de abcessos foram reportados com ainjecção IM. Após injecção endovenosa foi referido o aparecimento de tromboflebites.

Estas reacções podem ser minimizadas por injecção IM profunda e evitando a aplicaçãode cateteres intravenosos permanentes.

4.9 Sobredosagem

A toxicidade da clindamicina não depende da dose administrada. Não estão descritossintomas clínicos específicos relacionados com sobredosagem.

A hemodiálise e a diálise peritoneal não são eficazes na remoção da clindamicina dosoro sanguíneo.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 1.1.11 Medicamentos anti-infecciosos. Antibacterianos.
Outros antibacterianos.
Código ATC: J01F F01

Microbiologia: A clindamicina tem actividade in vitro contra os seguintesmicroorganismos:

Cocos Gram-positivos aeróbios: Streptococcus (excepto faecalis) Staphylococcusaureus e epidermidis (estirpes produtoras ou não de penicilinase). Quando testadas pormétodos in vitro, algumas estirpes de Staphylococcus originalmente resistentes àeritromicina, desenvolveram rapidamente resistência à clindamicina.

Bacilos Gram-negativos anaeróbios: várias espécies de Bacteróides (incluindo o grupodos Bacteroides fragilis e melaninogenicus) e de Fusobacterium.

Bacilos anaeróbios Gram-positivos não esporulados: incluindo Propionibacterium,
Eubacterium, e várias espécies de Actinomyces.

Cocos anaeróbios e microaerófilos Gram-positivos: incluindo várias espécies de
Peptococcus e Peptostreptococcus e Streptococcus microaerófilos.

Os Clostrídios são mais resistentes à clindamicina do que a maioria dos anaeróbios.
Grande parte dos Clostridium perfringens são sensíveis à clindamicina, mas outrasespécies, como o Clostridium sporogenes e Clostridium tertium, são frequentementeresistentes. Devem portanto fazer-se testes de sensibilidade antes da sua utilização.

A Chlamydia trachomatis é também sensível à clindamicina. Registaram-se casos deresistência cruzada entre a lincomicina e a clindamicina, e de antagonismo entre aclindamicina e eritromicina.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Após injecção intramuscular do equivalente a 300 mg de clindamicina, alcançam-seníveis séricos de 6 µg/ml em 3 horas. Com a administração de 600 mg os níveis séricosatingem 9 µg/ml. Os níveis séricos máximos, nas crianças, são alcançados em 1 hora.
Quando as mesmas doses são administradas por perfusão IV níveis séricos de 7 µg e
10 µg/ml são obtidos no final da perfusão. As concentrações séricas de clindamicinapodem manter-se acima das concentrações inibitórias mínimas in vitro, da maioria dosmicrorganismos, pela administração de fosfato de clindamicina cada 8 a 12 horas noadulto e cada 6 a 8 horas na criança, ou por perfusão IV contínua. O estado deequilíbrio é atingido à terceira dose.

No final da perfusão intravenosa, de curta duração, do fosfato de clindamicina,alcançam-se níveis séricos máximos de clindamicina activa. O fosfato de clindamicinadesaparece rapidamente do plasma – o seu tempo médio de vida é de 6 minutos -enquanto que a vida média biológica plasmática da clindamicina activa é de cerca de
3 horas no adulto e de 2 horas e meia na criança.

A vida média do produto aumenta ligeiramente nos pacientes com função renal ouhepática acentuadamente reduzida. A clindamicina difunde-se facilmente nos fluidos etecidos orgânicos, incluindo o tecido ósseo, mas os seus níveis no LCR não sãosignificativos, mesmo na presença de meningite.

Atravessa a barreira placentária podendo encontrar-se na circulação fetal. Aclindamicina aparece também no leite materno. Podem observar-se altas concentraçõesde clindamicina na bílis. A sua vida média é de 2 a 3 horas podendo estar aumentadanos recém-nascidos e nos insuficientes renais. A clindamicina é metabolizada,provavelmente no fígado, sendo 10% excretada na forma inalterada ou sob a forma demetabolitos activos pela urina e 4% pelas fezes e o restante é excretado sob a forma demetabolitos inactivos. A sua eliminação é lenta e dura muitos dias.

Apesar de inactivo in vitro, o fosfato de clindamicina é in vivo rapidamente hidrolisadoconvertendo-se em clindamicina base, com actividade antibacteriana contragram-positivos aeróbios e uma vasta variedade de anaeróbios.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

A Clindamicina não foi mutagénica no teste do micronúcleo em ratos ou no teste de
Ames. Não foram efectuados estudos de carcinogenicidade.

Os estudos de toxicidade na reprodução, realizados em ratos e ratinhos, nãoevidenciaram efeitos adversos sobre a fertilidade nem teratogenicidade.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS

6.1 Lista dos excipientes

Álcool benzílico
Edetato dissódico
Hidróxido de sódio

Água para preparações injectáveis

6.2 Incompatibilidades

São fisicamente incompatíveis com o fosfato de clindamicina os seguintes fármacos:ampicilina, difenil-hidantoína sódica, barbitúricos, aminofilina, gluconato de cálcio esulfato de magnésio.

Clincina é física e quimicamente compatível, por um mínimo de 24 horas, em soluçõesde dextrose a 5% e soro fisiológico injectável, contendo os seguintes antibióticos nasconcentrações usuais de administração: sulfato de amicacina, aztreonam, nafato decefamandole, cefazolina sódica, cefotaxima sódica, cefoxitina sódica, ceftazidimasódica, ceftizoxima sódica, sulfato de gentamicina, sulfato de netilmicina, piperacilina etobramicina.

A compatibilidade e estabilidade dos fármacos adicionados à solução variarelativamente à sua concentração e a outras condições.

6.3 Prazo de validade

2 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação

Conservar a temperatura inferior a 25ºC.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Solução injectável 150 mg/ml (emb. de 1, 3 e 5 ampolas): a solução é acondicionadaem ampolas de vidro tipo I de 4 ml.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Não se observaram efeitos deteriorantes nem se esperam alterações significativas doproduto até ao termo do prazo de validade proposto de 24 meses, desde que semantenham as condições de armazenamento requeridas.

Estabilidade físico-química das soluções diluídas de Clincina:

Temperatura ambiente: 6, 9 e 12 mg/ml (equivalente a clindamicina base) em dextrosea 5% em água, cloreto de sódio 0,9% ou Lactato de Ringer em frascos ou minisacos deplástico demonstraram estabilidade física e química durante pelo menos 16 dias a 25ºC.

Refrigeração: 6, 9 e 12 mg/ml (equivalente a clindamicina base) em dextrose a 5% em
água, cloreto de sódio 0,9% ou Lactato de Ringer em frascos ou minisacos de plásticodemonstraram estabilidade física e química durante pelo menos 32 dias a 4ºC.

Congelamento: 6, 9 e 12 mg/ml (equivalente a clindamicina base) em dextrose a 5% em
água, cloreto de sódio 0,9% ou Lactato de Ringer em frascos ou minisacos de plásticodemonstraram estabilidade física e química durante pelo menos oito semanas a -10ºC.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

LABESFAL – Laboratórios Almiro, S.A.
3465-051 Campo de Besteiros
Portugal
Tel: 232 831 100
Fax: 232 831 112e-mail: labesfal@labesfal.pt

8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N.º de registo: 4610291 ? 1 ampola de 4 ml de solução injectável, 600 mg/4 ml, ampolade vidro tipo I
N.º de registo: 4610390 ? 3 ampolas de 4 ml de solução injectável, 600 mg/4 ml, ampolade vidro tipo I
N.º de registo: 4610499 ? 5 ampolas de 4 ml de solução injectável, 600 mg/4 ml, ampolade vidro tipo I

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 15 Maio 1998
Data da última renovação: 15 Maio 2003

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

 

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