Clavamox 250 Amoxicilina + Ácido clavulânico caracteristicas medicamento

CLAVAMOX, antibiótico beta-lactâmico do grupo das penicilinas em associação comum inibidor de beta-lactamases, é um antibiótico de largo espectro de actividade sobreas bactérias patogénicas mais comuns na prática clínica geral e hospitalar. A acção inibidora de beta-lactamases do ácido clavulânico permite alargar o espectro de acção da amoxicilina, englobando muitos organismos resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos.

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO

CLAVAMOX 500, comprimido revestido por película, 500/125 mg.
CLAVAMOX DT, comprimido revestido por película, 875/125 mg.
CLAVAMOX 125, pó para suspensão oral 125/31,25 mg/5 ml.
CLAVAMOX 250, pó para suspensão oral 250/62,5 mg/5 ml.
CLAVAMOX DT 400, pó para suspensão oral 400/57 mg/5 ml

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

CLAVAMOX contém amoxicilina e ácido clavulânico, respectivamente sob a forma desais de sódio e de potássio e encontra-se disponível nas seguintes dosagens eapresentações.

Conteúdo em
Conteúdo em
Forma
Dosagem
Proporção
amoxicilina sob a
clavulanato sob a
Farmacêutica
forma trihidratada
forma de clavulanato
(mg)
de potássio (mg)
Pó para
125/31,25mg/5ml 4:1
125
31,25
suspensão oral
Pó para
250/62,5mg/5ml 4:1
250
62,5
suspensão oral
Pó para
400/57mg/5ml 7:1
400
57
suspensão oral
Comprimidos
500/125mg 4:1 500
125
revestidos porpelícula
Comprimidos
875/125mg 7:1 875
125
revestidos porpelícula

Excipientes:

CLAVAMOX 125, pó para suspensão oral 125/31,25 mg/5 ml.
Aspartamo 12,55 mg

CLAVAMOX 250, pó para suspensão oral 250/62,5 mg/5 ml.
Aspartamo 12,55 mg

CLAVAMOX DT 400, pó para suspensão oral 400/57 mg/5 ml
Aspartamo 16,64 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA

Comprimidos revestidos por película: CLAVAMOX 500, 500/125 mg e CLAVAMOX
DT, 875/125 mg.
Pó para suspensão oral: CLAVAMOX 125, 125/31,25 mg/5 ml; CLAVAMOX 250,
250/62,5 mg/5 ml e CLAVAMOX DT 400, 400/57 mg/5 ml.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS

Descrição geral:

CLAVAMOX, antibiótico beta-lactâmico do grupo das penicilinas em associação comum inibidor de beta-lactamases, é um antibiótico de largo espectro de actividade sobreas bactérias patogénicas mais comuns na prática clínica geral e hospitalar. A acçãoinibidora de beta-lactamases do ácido clavulânico permite alargar o espectro de acçãoda amoxicilina, englobando muitos organismos resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos.

4.1. Indicações Terapêuticas

CLAVAMOX está indicado no tratamento de curta duração das seguintes infecçõesbacterianas, quando causadas por microrganismos sensíveis ao CLAVAMOX:
-Infecções do tracto respiratório superior, (incluindo ORL) como por exemplo,amigdalite recorrente, sinusite, otite média, tipicamente causadas por Streptococcuspneumoniae, Haemophilus influenzae*, Moraxella catarrhalis* e Streptococcuspyogenes.
-Infecções do tracto respiratório inferior, por exemplo, agudização da bronquite crónica,pneumonia lobar e broncopneumonia, tipicamente causadas por Streptococcuspneumoniae, Haemophilus influenzae* e Moraxella catarrhalis*.
-Infecções genito-urinárias, nomeadamente, cistite, uretrite, pielonefrite, infecçõesginecológicas, tipicamente causadas por Enterobacteriaceae* (principalmente
Eschericia coli*), Staphilococcus saprophyticus e Enterococcus species, e gonorreiacausada por Neisseria gonorrhoeae*.
-Infecções da pele e dos tecidos moles, tipicamente causadas por Staphilococcusaureus*, Streptococcus pyogenes e Bacteroides species*.
-Infecções ósseas e articulares, por exemplo osteomielite, tipicamente causadas por
Staphilococcus aureus*, em que uma terapêutica mais prolongada possa ser apropriada.
-Outras infecções, incluindo aborto séptico, sepsis puerperal, sepsis intra-abdominal.
Na secção 5 é fornecida uma listagem dos organismos sensíveis.
* Alguns membros destas estirpes produzem beta-lactamases, o que lhes confereresistência à amoxicilina isolada.
As infecções causadas por microrganismos susceptíveis à amoxicilina são tratadas pelo
CLAVAMOX devido ao seu conteúdo em amoxicilina. As infecções mistas causadaspor microrganismos sensíveis à amoxicilina e microrganismos produtores de beta-
lactamases sensíveis à associação amoxicilina/ácido clavulânico, podem ser tratadascom CLAVAMOX.

4.2. Posologia e Modo de Administração
Posologia
A posologia depende da idade, peso corporal e função renal do doente e da gravidade dainfecção.
As posologias são expressas em termos de teor em amoxicilina e ácido clavulânico
(Amox/Clav), excepto quando as doses são indicadas em termos de um componenteisolado: amoxicilina (Amox) ou ácido clavulânico (Clav).
ADULTOS
Infecções Ligeiras a Moderadas
500/125 mg administrados de 8 em 8 ou de 12 em 12 horas, ou
875/125 mg administrados de 12 em 12 horas.

Infecções Graves (incluindo infecções crónicas e recorrentes do tracto urinário einfecções do tracto respiratório inferior)
500/125mg administrados 1-2 vezes de 8 em 8 horas, ou
875mg/125mg administrados de 8 em 8 horas.

INSUFICIÊNCIA RENAL
Os ajustes de dose são baseados no nível máximo de amoxicilina recomendado.

Clearance de creatinina
Dose máxima Amox/Clav
> 30 ml/min
Não é necessário ajuste da dose
10-30 ml/min
1 vez 500/125mg, 12 em 12 h
< 10 ml/min
1 vez 500/125mg, 24 em 24 h

HEMODIÁLISE
Os ajustes de dose são baseados no nível máximo de amoxicilina recomendado:
Amox/Clav: 500/125mg, uma vez ao dia.
Uma dose suplementar (500/125 mg) durante a diálise, que é repetida no fim de cadadiálise (dado que as concentrações séricas de amoxicilina e ácido clavulânico ficamdiminuídas).
A apresentação 875/125 mg só deve ser utilizada em doentes com insuficiência renalligeira a moderada (clearance da creatinina > 30 ml/min).

INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
A posologia deve ser estabelecida com precaução; a monitorização da função hepáticadeverá ser efectuada em intervalos regulares.
Presentemente ainda não existem dados suficientes para se recomendar uma posologiaespecífica.

IDOSOS
Não é necessário proceder a ajuste da dose; a dose deverá ser a mesma recomendadapara os adultos. Em caso de evidência de insuficiência renal a dose deve ser ajustada damesma forma que para os adultos com insuficiência renal.

CRIANÇAS

A dose deverá ser expressa em função da idade e do peso corporal da criança, emmg/kg/dia ou em ml de suspensão por dose ou equivalente para outras apresentações.
Nas crianças com peso igual ou superior a 40 kg a dose deve administrar-se de acordocom a posologia recomendada no adulto.
Nas crianças com menor peso devem preferir-se outras apresentações de CLAVAMOX,que não os comprimidos a 875/125 mg, consoante a dose recomendada (em mg/kg/dia).

Prematuros
Neste grupo etário não se pode recomendar qualquer posologia.

Crianças até aos 12 anos

Doses recomendadas
Três tomas diárias
Duas tomas diárias
(mg/kg/dia)
(Formulação 4:1)
(Formulação 7:1)
Mais baixa
20/5 – 40/10
25/3,6-45/6,4
Mais elevada
40/10 – 60/15
45/6,4-70/10

A dose mais baixa é recomendada para infecções da pele e tecidos moles e amigdaliterecorrente.
A dose mais alta é recomendada para infecções como otite média, sinusite, infecções dotracto respiratório inferior e do tracto urinário.
Não existem dados clínicos disponíveis relativos ao uso de doses superiores a 40/10mg/kg/dia (formulações 4:1, três tomas diárias) ou a 45/6,4 mg/kg/dia (formulações 7:1,duas tomas diárias) em crianças com menos de 2 anos.
Não existem dados clínicos relativos ao uso das formulações 7:1 em crianças commenos de 2 meses. Não é assim possível uma recomendação posológica para esta faixaetária.

INSUFICIÊNCIA RENAL (em crianças)
Os ajustes de dose são baseados no nível máximo de amoxicilina recomendado.

Clearance da creatinina
Dose máxima Amox/Clav
> 30 ml/min
Não é necessário ajuste da dose
10-30 ml/min
15/3,75 mg/kg, 12 em 12 h
< 10 ml/min
15/3,75 mg/kg, 24 em 24 h

Na maioria destas situações poderá ser preferível utilizar as apresentações injectáveispara administração parentérica de CLAVAMOX.

HEMODIÁLISE (crianças)
Os ajustes de dose são baseados no nível máximo de amoxicilina recomendado:
– Amox/Clav: 15/3,75 mg/kg/dia, em dose diária única.
Antes da hemodiálise deve ser administrada uma dose adicional de 15/3,75 mg/kg. Pararestabelecer os níveis séricos, outra dose de 15/3,75 mg/kg deve ser administrada após ahemodiálise.

INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA (crianças)
A posologia deve ser estabelecida com precaução; deve efectuar-se a monitorização dafunção hepática a intervalos regulares.
Presentemente ainda não existem dados suficientes para se recomendar uma posologiaespecífica.

Modo de administração
Via oral.
Para minimizar uma potencial intolerância gastrintestinal e optimizar a absorção,
CLAVAMOX deve ser administrado no início de uma refeição.
O tratamento não deve exceder 14 dias sem reavaliação da situação.
A terapêutica pode iniciar-se por via parentérica e prosseguir por via oral.

4.3. Contra – indicações

Hipersensibilidade à amoxicilina ou ao ácido clavulânico ou a qualquer um dosexcipientes.
CLAVAMOX não deve ser administrado a doentes com história de hipersensibilidade aantibióticos beta-lactâmicos, como por exemplo penicilinas e cefalosporinas.
CLAVAMOX está contra-indicado em doentes com história prévia deicterícia/disfunção hepática associada à sua utilização.

4.4. Advertências e precauções especiais de utilização

Antes do início da terapêutica com CLAVAMOX deve investigar-se cuidadosamente apossibilidade de existir história prévia de reacções de hipersensibilidade às penicilinas,cefalosporinas ou outros alergenos.
Foram referidas reacções graves de hipersensibilidade (reacções anafilácticas) por vezesfatais, em doentes submetidos a terapêutica com penicilina. Estas reacções têm maiorprobabilidade de ocorrência em indivíduos com história de hipersensibilidade àpenicilina. No caso de ocorrer uma reacção alérgica, a terapêutica com CLAVAMOXdeve ser descontinuada e instituída terapêutica apropriada. As reacções anafilácticasgraves requerem tratamento de emergência com adrenalina, podendo ser necessárioadministrar corticosteróides por via intravenosa e oxigénio ou mesmo recorrer aventilação assistida, incluindo entubação.
CLAVAMOX deve ser evitado em caso de suspeita de mononucleose infecciosa, pois aocorrência de erupção cutânea tem sido associada nestes casos com o uso deamoxicilina.
A administração prolongada de CLAVAMOX pode, ocasionalmente, provocar umcrescimento acentuado de microrganismos não susceptíveis.
CLAVAMOX é geralmente bem tolerado e possui a baixa toxicidade característica dosantibióticos do grupo das penicilinas. No caso de terapêutica prolongada é aconselhávela monitorização periódica das funções hepática, hematopoiética e renal.

Foi referido, raramente, um prolongamento do tempo de protrombina em doentes afazerem CLAVAMOX. Por este motivo deve fazer-se uma monitorização adequadaquando há prescrição concomitante de anticoagulantes.
CLAVAMOX deve ser usado com precaução em doentes com evidência de disfunçãohepática.
Em doentes com insuficiência renal a posologia deve ser ajustada de acordo com agravidade da insuficiência renal (ver secção 4.2).
Em doentes com baixo débito urinário, ocorreu muito raramente cristalúria,predominantemente com a terapêutica parentérica. Durante a administração de doseselevadas de amoxicilina deve manter-se um aporte hídrico e um débito urinárioadequados, por forma a reduzir o risco de cristalúria devido à amoxicilina (ver secção
4.9.).
Foi reportada colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos de largo espectroincluindo amoxicilina/clavulanato, e a sua gravidade poderá variar desde ligeira apossível risco de vida. Assim, é importante considerar o seu diagnóstico em doentes quedesenvolvam diarreia após administração de agentes antibacterianos.
O tratamento com antibióticos de largo espectro altera a flora normal do cólon e poderápermitir o crescimento de Clostridia. Estudos indicam que uma proteína produzida pelo
Clostridium difficile é uma das principais causas de colite associada ao uso deantibióticos.
Após o diagnóstico de colite pseudomembranosa estar estabelecido, deverão sertomadas medidas terapêuticas adequadas. Os casos ligeiros de colitepseudomembranosa respondem normalmente à descontinuação da terapêutica. Os casosde gravidade moderada a grave deverão ser controlados com fluidos e electrólitos, bemcomo tratamento com medicamentos antibacterianos clinicamente eficazes contra
Clostridium difficile.
As suspensões orais de CLAVAMOX contêm aspartamo, uma fonte de fenilalaninapelo que devem ser utilizadas com precaução em doentes com fenilcetonúria.

4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Não se recomenda a administração concomitante de probenecide. Probenecide diminuia secreção tubular renal da amoxicilina. O seu uso concomitante com CLAVAMOXpode aumentar e prolongar os níveis sanguíneos de amoxicilina, mas não os de ácidoclavulânico.
A administração concomitante de alopurinol durante o tratamento com amoxicilinapode aumentar a probabilidade de reacções alérgicas cutâneas. Não existem dados sobreo uso concomitante de CLAVAMOX e alopurinol.
Tal como outros antibióticos, CLAVAMOX pode afectar a flora intestinal, diminuindoa reabsorção de estrogénios e reduzindo a eficácia das associações de contraceptivosorais.

4.6. Gravidez e aleitamento

Utilização durante a gravidez

Estudos de reprodução em animais (ratinhos e ratos, com doses até 10 vezes superiores
às doses utilizadas no Homem) não revelaram efeitos teratogénicos de CLAVAMOXadministrado tanto por via oral, como por via parentérica. Num único estudo realizadoem mulheres com ruptura prematura da membrana fetal antes do final da gravidez,foram referidos casos em que o tratamento profiláctico com CLAVAMOX, pode estarassociado ao aumento do risco de enterocolite necrotizante nos recém-nascidos. Talcomo com todos os medicamentos, deve evitar-se o uso de CLAVAMOX durante agravidez, a não ser que o médico considere fundamental a sua prescrição.

Utilização durante o aleitamento
CLAVAMOX pode ser administrado durante o período de lactação. Com excepção dorisco de sensibilização, associado à excreção de quantidades vestigiais no leite materno,não se conhecem efeitos nocivos para o lactente.

4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não se observaram efeitos adversos sobre a capacidade de condução e utilização demáquinas.

4.8. Efeitos indesejáveis

A frequência dos efeitos indesejáveis muito frequentes a raros foi determinada pelainformação proveniente de ensaios clínicos. A frequência dos efeitos indesejáveis muitoraros (efeitos que ocorreram <1/10000) foi principalmente determinada pelasnotificações pós-comercialização.
A seguinte convenção tem sido utilizada na classificação de efeitos indesejáveis: muitofrequentes (?1/10), frequentes (?1/100, <1/10), não frequentes (?1/1000, <1/100), raros
(?1/10,000, <1/1000), muito raros (<1/10,000).
Infecções e infestações
Frequentes: Candidíase mucocutânea.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Raros: leucopenia reversível (incluindo neutropenia) ou trombocitopenia.
Muito raros: Agranulocitose e anemia hemolítica reversíveis. Prolongamento do tempode hemorragia e do tempo de protombina (ver secção 4.4.).
Doenças do sistema imunitário
Muito raros: Edema angioneurótico, anafilaxia, doença do soro e vasculitehipersensível.
Doenças do sistema nervoso
Pouco frequentes: Tonturas, cefaleias.
Muito raros: Hiperactividade e convulsões. As convulsões podem ocorrer em doentescom distúrbios da função renal ou quando sujeitos a administração de doses elevadas.
Doenças gastrintestinais
Muito frequentes: Diarreia.

Frequentes: Náuseas, vómitos. As náuseas são mais usualmente associadas a doseselevadas por via oral. No caso das reacções gastrintestinais serem evidentes, podem serreduzidas pela toma de Clavamox no início das refeições.
Pouco frequentes: Dificuldade de digestão.
Muito raros: Colite associada a antibióticos (incluindo colite pseudomembranosa ecolite hemorrágica). Língua negra pilosa. Muito raramente foi relatada descoloraçãosuperficial dos dentes em crianças. Uma boa higiene oral pode ajudar a prevenir adescoloração dos dentes uma vez que esta, usualmente, pode ser removida pelaescovagem dos dentes.
Afecções hepatobiliares
Pouco frequentes: Tem sido observado um aumento moderado dos valores da AST e/ou
ALT em doentes em tratamento com antibióticos da classe beta-lactâmicos,desconhecendo-se o significado destes achados.
Muito raros: Hepatite e icterícia colestática. Estes efeitos foram observados com outraspenicilinas e cefalosporinas.
As alterações hepáticas têm sido relatadas predominantemente em doentes adultos dosexo masculino e em idosos e podem estar associadas a tratamentos prolongados.
Os sinais e sintomas ocorrem habitualmente durante ou logo após o tratamento mas, emalguns casos, podem não ser visíveis senão várias semanas após o fim do tratamento. Asalterações hepáticas são geralmente reversíveis. Contudo, podem ser graves e, emsituações extremamente raras, foram referidos casos mortais. Estes casos estavam quasesempre associados a doença subjacente grave ou a medicação concomitante compotencial toxicidade hepática.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes: Erupção cutânea, prurido, urticária.
Raros: Eritema multiforme.
Muito raros: Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, dermatitebulhosa e exfoliativa e pustulose exantematosa generalizada aguda (AGEP).
Dever-se-á suspender o tratamento em caso de ocorrência de dermatite porhipersensibilidade.
Doenças renais e urinárias
Muito raros: Nefrite intersticial e cristalúria (ver secção 4.9).

4.9. Sobredosagem

Sobredosagem
Os casos de sobredosagem com CLAVAMOX são geralmente assintomáticos. Quandoocorrem, podem surgir sintomas gastrintestinais e distúrbios do equilíbriohidroelectrolítico. Estas situações podem ser tratadas sintomaticamente tendo ematenção o equilíbrio hidroelectrolítico. Foi observada cristalúria devido à amoxicilina,levando em alguns casos a falência renal (ver secção 4.4.). CLAVAMOX pode serremovido da circulação por hemodiálise.
Um estudo retrospectivo com 51 doentes pediátricos realizado num centro de controlode venenos, sugere que sobredosagens inferiores a 250 mg/Kg de amoxiclina não estãoassociadas com sintomas clínicos significativos e não requerem esvaziamento gástrico.

Dependência e uso abusivo
Não foi referido qualquer caso de dependência ou uso abusivo com este medicamento.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS

5.1. Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 1.1.5 Medicamentos antiinfecciosos antibacterianos,
Associações das penicilinas com inibidores das lactamases.;
Código ATC: J01CR02
Microbiologia:
A amoxicilina é um antibiótico semi-sintético com um largo espectro de actividade anti-
bacteriana contra muitos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos. Contudo, aamoxicilina é susceptível de sofrer degradação por beta-lactamases, pelo que o espectrode actividade da amoxicilina isolada não inclui organismos produtores destas enzimas.
O ácido clavulânico é um antibiótico beta-lactâmico, estruturalmente relacionado comas penicilinas, que possui a capacidade de inibir uma vasta gama de enzimas beta-
lactamases, comuns em microrganismos resistentes a penicilinas e cefalosporinas. Temuma boa actividade clinicamente significativa contra as beta-lactamases mediadas porplasmídeos, as quais são frequentemente responsáveis pela transferência de resistências.
É geralmente menos eficaz contra beta-lactamases tipo 1 mediadas por cromossomas.
A presença de ácido clavulânico nas formulações de CLAVAMOX protege aamoxicilina da degradação pelas enzimas beta-lactamases, aumentando assim o seuespectro antibacteriano, de modo a incluir muitas bactérias que são normalmenteresistentes à amoxicilina e a outras penicilinas e cefalosporinas.
Assim, CLAVAMOX possui as características de um antibiótico de largo espectro e deum inibidor das beta-lactamases.
CLAVAMOX possui uma acção bactericida contra uma extensa gama demicrorganismos, incluindo:

Aeróbios Gram-positivos
Bacillus anthracis *
Corynebacterium species
Enterococcus faecalis *
Enterococcus faecium *
Listeria monocytogenes
Nocardia asteroides
Staphylococcus aureus *
Staphylococcus coagulase negativa * (incluindo Staphylococcus epidermidis*)
Streptococcus agalactiae
Streptococcus pneumoniae
Streptococcus pyogenes
Streptococcus species
Streptococcus viridans

Anaeróbios Gram-positivos

Clostridium species
Peptococcus species
Peptostreptococcus species

Aeróbios Gram-negativos

Bordetella pertussis
Brucella species
Escherichia coli *
Gardnerella vaginalis
Haemophilus influenzae *
Helicobacter pylori
Klebsiella species*
Legionella species
Moraxella catarrhalis * (Branhamella catarrhalis)
Neisseria gonorrhoeae *
Neisseria meningitidis *
Pasteurella multocida
Proteus mirabilis *
Proteus vulgaris *
Salmonella species *
Shigella species *
Vibrio cholerae
Yersinia enterocolitica *

Anaeróbios Gram-egativos

Bacteroides species * (incluindo Bacteroides fragilis)
Fusobacterium species*

Outras

Borrelia burgdorferi
Chlamydiae
Leptospira icterohaemorrhagiae
Treponema pallidum

* Alguns membros destas estirpes produzem beta-lactamases, o que lhes confereresistência à amoxicilina isolada.

5.2. Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Os dois componentes de CLAVAMOX, amoxicilina e ácido clavulânico, são totalmentedissociados em solução aquosa de pH fisiológico. Ambos os componentes são rápida efacilmente absorvidos por via oral. A absorção de CLAVAMOX é optimizada quandotomado no início das refeições.

Farmacocinética
No quadro seguinte apresentam-se dados farmacocinéticos obtidos em dois estudos, nosquais foram administrados comprimidos de CLAVAMOX de várias dosagens (emcomparação com os dois componentes administrados separadamente) a grupos devoluntários saudáveis em jejum.

PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS MÉDIOS
Administração de
Dose (mg) Cmax
Tmax
AUC
T1/2
(mg/l)
(horas)
(mg.h/l)
(horas)
Amoxicilina
CLAVAMOX 250/125mg 250
3,7
1,1
10,9
1,0
CLAVAMOX
500 5,8 1,5 20,9 1,3
250/125mgx2
CLAVAMOX 500/125mg 500
6,5
1,5
23,2
1,3
Amoxicilina 500mg
500
6,5
1,3
19,5
1,1
CLAVAMOX
875/125mg
875 12,4 1,5 29,9 1,36
Ácido Clavulânico
CLAVAMOX
250/125mg
125 2,2 1,2 6,2 1,2
CLAVAMOX
500/125mg
125 2,8 1,3 7,3 0,8
Ácido Clavulânico 125mg 125
3,4
0,9
7,8
0,7
CLAVAMOX
250 4,1 1,3 11,8 1,0
250/125mgx2
CLAVAMOX 875/125mg 125
3,3
1,3
6,88
0,92

As concentrações séricas de amoxicilina atingidas com CLAVAMOX são similares àsobtidas com a administração por via oral de doses equivalentes de amoxicilina isolada.
O uso concomitante de probenecide retarda a excreção de amoxicilina, mas não a de
ácido clavulânico (ver secção 4.5).

Distribuição
Após administração intravenosa de CLAVAMOX, podem ser detectadas concentraçõesterapêuticas de amoxicilina e de ácido clavulânico nos tecidos e no líquido intersticial.
Encontraram-se concentrações terapêuticas de ambos os fármacos na vesícula, tecidoabdominal, pele, tecidos adiposo e muscular; os fluidos com níveis terapêuticos incluemos fluidos peritoneal e sinovial, bílis e pús.
Nem a amoxicilina nem o ácido clavulânico têm uma forte ligação às proteínasplasmáticas. Estudos demonstraram que apenas cerca de 25% de ácido clavulânico e
18% de amoxicilina da quantidade sérica total de cada um dos compostos circula ligado
às proteínas. Nos estudos efectuados no animal não houve evidência sugestiva deacumulação orgânica de qualquer dos compostos.

A amoxicilina, tal como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno.
Também podem ser detectadas no leite materno quantidades vestigiais de clavunalato.
Com excepção do risco de sensibilização associado a esta excreção no leite materno,não existe qualquer efeito nocivo conhecido para o lactente.
Os estudos de reprodução em animais demonstraram que tanto a amoxicilina como o
ácido clavulânico atravessam a barreira placentária. Contudo, não há evidência queinduzam alterações da fertilidade ou que sejam prejudiciais para o feto.

Eliminação
Tal como com as outras penicilinas, a principal via de excreção da amoxicilina é arenal, enquanto que a eliminação do clavulanato é por mecanismos renais e não renais.
Cerca de 60-70% da amoxicilina e cerca de 40-65% do ácido clavulânico sãoexcretados inalterados na urina durante as primeiras 6 horas após administração de um
único comprimido de CLAVAMOX 250/125 mg ou 500/125 mg.
A amoxicilina também é parcialmente excretada na urina sob a forma de ácidopenicilóico inactivo, em quantidades equivalentes a 10 ? 25% da dose inicialmenteadministrada. No Homem, o ácido clavulânico é extensamente metabolizado dandoorigem ao ácido 2,5-dihidro-4-(2-hidroxietil)-5-oxo-1H-pirrol-3-carboxílico e à 1-
amino-4-hidroxi-2-butanona, e é eliminado na urina e nas fezes, e no ar expirado sob aforma de dióxido de carbono.

5.3. Dados de segurança pré-clínica

A amoxicilina e clavulanato administrados em combinação 2:1 ou clavulanatoadministrado isoladamente não afectaram o desempenho de acasalamento da geraçãoparental (F0), fertilidade, gravidez, (incluindo o desenvolvimento embrionário e fetal)ou parto. Adicionalmente não se observaram efeitos adversos sobre o desenvolvimentoembrio-fetal, nem alteração na viabilidade, crescimento, desenvolvimento,comportamento ou função reprodutora dos descendentes (F1).

O clavulanato de potássio isolado ou combinado com amoxicilina em 1:2 ou 1:4 nãodemonstrou potencial genotóxico numa ampla bateria de estudos de genotoxicidade, invitro e in vivo.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS

6.1. Lista de excipientes

CLAVAMOX 500
Celulose microcristalina, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra,carboximetilamido sódico, hipromelose, macrogol 4000, macrogol 6000, dióxido detitânio (E-171) e dimeticone.
CLAVAMOX DT:
Celulose microcristalina, carboximetilamido sódico, macrogol 4000, macrogol 6000,estearato de magnésio, sílica coloidal anidra, hipromelose e dióxido de titânio (E-171).

CLAVAMOX 125, pó para suspensão oral e CLAVAMOX 250 pó para suspensão oral
Ácido cítrico anidro, citrato de sódio anidro, benzoato de sódio, celulosemicrocristalina, goma xantana, sílica coloidal anidra, sílica coloidal hidratada, aromasde morango e banana, aspartamo (E-951).
CLAVAMOX DT 400, pó para suspensão oral
Crospovidona, , carmelose sódica, goma xantana, sílica coloidal anidra, estearato demagnésio, benzoato de sódio, aspartamo (E-951), sílica coloidal anidra e aroma demorango
6.2. Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3. Prazo de validade

Clavamox 500, comprimidos revestidos: 2 anos.
Clavamox DT, comprimidos revestidos: 2 anos.

Clavamox 125, pó para suspensão oral: 2 anos.
Clavamox 250, pó para suspensão oral: 2 anos.
Após reconstituição da suspensão a sua validade é de 7 dias ou de 10 dias no caso daembalagem de 150 ml.

Clavamox DT 400, pó para suspensão oral: 18 meses.
Após reconstituição as suspensões têm uma validade de 7 dias.

6.4. Precauções especiais de conservação

Não conservar acima de 25ºC. Conservar na embalagem de origem para proteger dahumidade.
Suspensões orais: Após reconstituição as suspensões devem ser mantidas bem rolhadasno frigorífico (entre 5ºC±3ºC).

6.5. Natureza e conteúdo do recipiente

Comprimidos revestidos por película: são acondicionados em blisters de aluminio/alumínio e inseridos em caixa de cartão.
Pó para suspensão oral: frasco de vidro âmbar, contendo pó esbranquiçado,acondicionado em caixa de cartão.

6.6. Instruções de utilização e de manipulação

Para administração de suspensão oral a crianças com menos de 3 meses, pode utilizar-seuma seringa graduada de forma a assegurar a dispensa de volumes precisos ereprodutíveis.
Para administração a crianças até aos 2 anos, as suspensões de CLAVAMOX podem serdiluídas para metade da concentração com água.

Modo de preparação das suspensões orais:

1) Para preparar as suspensões:
– Agitar o frasco até soltar bem o pó do fundo;
– Juntar 4 ou 5 colheres medida de água, rolhar e agitar até obter uma suspensãouniforme;
– Juntar mais água até ao traço e agitar novamente.
2) Após preparada, a suspensão deve ser mantida no frasco, bem rolhado, no frigorífico
(2ºC – 8ºC) e ser utilizada no prazo de 7 dias ou de 10 dias no caso das embalagens de
150 ml de Clavamox 125 e Clavamox 250.
3) A embalagem inclui uma colher medida.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Laboratórios BIAL – Portela e Cª S.A.
À Av. da Siderurgia Nacional
4745-457 S. Mamede do Coronado
Portugal

8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Nº registo: 4717591 – . 12 comprimidos revestidos por película, 500mg +125mg, blisterde alu/alu

Nº registo: 9588822 – . 16 comprimidos revestidos por película, 500mg +125mg, blisterde alu/alu

Nº registo: 4716197 – . 30 comprimidos revestidos por película, 500mg +125mg, blisterde alu/alu

Nº registo: 4716296 – 6 comprimidos revestidos por película, 875mg +125mg, blister dealu/alu
Nº registo: 4716395 – 12 comprimidos revestidos por película, 875mg +125mg, blisterde alu/alu

Nº registo: 9766105 – . 16 comprimidos revestidos por película, 875mg +125mg, blisterde alu/alu

Nº registo: 4716494 – 24 comprimidos revestidos por película, 875mg +125mg, blisterde alu/alu

Nº registo: 9596213 – 100 ml pó para suspensão oral, 125mg/5ml + 31,25mg/5ml,frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 9596239 – 60 ml pó para suspensão oral,
125mg/5ml
+ 31,25mg/5ml, frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 4727897 – 75 ml pó para suspensão oral,
125mg/5ml
+ 31,25mg/5ml, frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 4823191 – 150 ml pó para suspensão oral,
125mg/5ml
+ 31,25mg/5ml, frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 9596254 – 100 ml pó para suspensão oral,
250mg/5ml
+ 62,50mg/5ml, frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 9596247 – 60 ml pó para suspensão oral,
250mg/5ml
+ 62,50mg/5ml, frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 4727699 – 75 ml pó para suspensão oral,
250mg/5ml
+ 62,50mg/5ml, frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 4727798 – 150 ml pó para suspensão oral,
250mg/5ml
+ 62,50mg/5ml, frasco de vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 2922789 – 100 ml pó para suspensão oral, 400mg/5ml + 57mg/5ml, frascode vidro tipo III de cor âmbar

Nº registo: 2922698 – 70 ml pó para suspensão oral, 400mg/5ml + 57mg/5ml, frasco devidro tipo III de cor âmbar

Nem todas as embalagens podem estar comercializadas

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Clavamox 500:
Data da primeira autorização: 23 Maio 1984Data de revisão:15 Setembro 1994
Data da renovação: 15 Setembro 2004

Clavamox 125 e Clavamox 250:
Data da primeira autorização:.10 Outubro 1984
Data de revisão: 15 Setembro 1994
Data da renovação: .15 Setembro 2004

Clavamox DT:
Data da primeira autorização: 05 Novembro1990
Data da renovação: 05 Novembro 2005

Clavamox DT 400:
Data da primeira autorização: 28 Maio 1999
Data da renovação: 28 Maio 2004

10. DATA DA APROVAÇÃO DO TEXTO:

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