Os membros rígidos são mais vulneráveis a ferimentos e exercem uma pressão anormal noutras zonas do corpo, podendo provocar dores nas costas, artrite e outros problemas. A falta de flexibilidade pode causar rigidez dos músculos da zona posterior dos joelhos, por exemplo, o que muitas vezes provoca dores nas costas e problemas nos joelhos.
A flexibilidade protege os músculos e as articulações de lesões, reduzindo os riscos de ruptura das fibras musculares (entorses) e dos ligamentos (distensões). Ajuda a fazer exercício com mais facilidade, permitindo que o sistema músculo-esqueletal ganhe energia e se fortaleça. A flexibilidade também o ajuda a equilibrar-se e diminui o risco de quedas. Além disso, existe uma componente de bem-estar muito importante na flexibilidade. Os movimentos parecem não ser tão difíceis. Curvar-se, espreguiçar-se e menear-se deixa de exigir esforço, e apetece-lhe sair para ir dançar (ou correr, saltar, jogar ténis – o que lhe apetecer).
Como tornar-se flexível
- Estique cada grupo muscular durante 15-30 segundos todos os dias para aumentar
a amplitude dos seus movimentos. - Estique-os até sentir um ligeiro puxão mas
não dor. Não continue. Quando o músculo
se descontrair, aumente a extensão até sentir um novo puxão. Não «salte» durante uma extensão, porque arrisca-se a lesionar-se. - Experimente fazer um exercício que envolva especificamente fazer extensões, como ioga ou Pilates.
Torne-se activo
Fazer exercício pode reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes, cancro do cólon e cancro da mama e, em geral, prolonga a vida. O Harvard Alumni Study, realizado há mais de 38 anos, concluiu que um passeio a pé de uma hora, cinco vezes por semana, reduz quase a metade o risco de trombose. Se o passeio for de meia-hora a diminuição do risco é de cerca de 24%. Outros estudos revelam que 30 minutos de exercício por dia diminuem em 50% o risco de cancro da mama nas mulheres pós-menopáusicas. Por outro lado, fazer exercício físico activa as células cerebrais: andar a pé (ou dançar, nadar – a opção é sua) durante 45 minutos três vezes por semana ajuda a inverter o declínio natural do seu QI.
Acha que é demasiado tarde para começar?
O estudo de Harvard revelou que as pessoas com mais de 75 anos que faziam exercício e deixavam de fumar viviam, em média, quase mais dois anos. E antes que grite que «não tem tempo», lembre-se que pouco é melhor do que nada. Pode dividir o seu exercício em pequenos períodos – 800 metros aqui, 500 ali – o que conta é o total no fim dia. Entre aqueles antigos alunos de Harvard que não apresentavam factores de risco importantes para a saúde, a prática de desportos radicais só aos fins-de–semana (ou seja, apenas um a dois episódios por semana que geram um total de 1.000 calorias) era suficiente para adiar a morte.
Como diz o americano Robert Sweetgall, especialista de saúde pública, «Levante esse rabo e comece a mexer-se!»