Como restaurar cornijas antigas e colocar sancas novas

  • on 29 de abril de 2011
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As cornijas decorativas, que se encon­tram frequentemente a rematar as paredes nas casas mais antigas, podem ficar obstruídas pela aplicação de sucessivas camadas de tinta. No entanto, com paciencia, é possível restaurá-las.

Trata-se de um trabalho que acarreta inevitavelmente alguma sujidade, pelo que é melhor encará-lo como parte de um projecto de redecoração. Comece por remover a pintura existente. É pro­vável que a tinta aplicada seja tinta de água não lavável (têmpera) ou tinta de emulsão, que pode ser removida ou amolecida com água. No entanto, se se tratar de tinta de óleo, utilize um deca­pante apropriado — v, tinta, remoção

de.

Para limpar com água, utilize um pequeno borrifador com água quente e encharque uma área pequena de cada vez. Deixe actuar durante cerca de 30 minutos e depois raspe cuidadosamente a tinta com uma chave de fendas velha, um pau aguçado ou outro objecto semelhante. Com uma escova, retire, com movimentos repetidos, a tinta que se vai soltando.

Se utilizar um decapante, aplique-o com um pincel velho, seguindo as reco­mendações do fabricante.

Se a moldura de uma cornija estiver danificada, pode repará-la com gesso ou um produto adequado. Se utilizar gesso, prepare apenas uma pequena quantidade, misturando o gesso na água de modo a obter uma massa firme e lisa. Humedeça a área a tratar com água limpa, depois proceda à reparação, apli­cando o gesso em camadas sucessivas com uma espátula ou uma ferramenta de modelagem — v. modelagem em

barro.

Trabalhe com rapidez, pois o gesso endurece em cerca de três minutos. Se preferir utilizar outros produtos, apli­que-os de acordo com as instruções do fabricante.

Como colocar sancas. Se quiser tapar eventuais fendas na linha de remate entre a parede e o tecto ou alterar o aspecto de uma divisão, pode fazê-lo aplicando sancas pré-fabricadas. À venda no mercado, encontra sancas de vários materiais, nomeadamente gesso, espuma de poliuretano e poliestireno, e diversos modelos — v. nas Páginas Amarelas, sob o título «Cal e revesti­mentos». O fornecedor vender-lhe-á igualmente a cola (v. colas) indicada para cada tipo de sanca.

Para obter um acabamento perfeito, corte a sanca pela face exterior com uma faca, se a sanca for de poliestireno ou de poliuretano, ou uma serra de den­tes finos, se for de gesso. Neste último caso, pode alisar a superfície de corte com uma lixa de grão fino. O método de colocação das sancas, qualquer que seja o material de que são feitas, é semelhante, variando apenas o tipo de­cola a utilizar. As paredes e os tectos devem estar nus e limpos. Remova o papel da parede e do tecto ou a tinta até ao estuque. Aplique cola na parte poste­rior da sanca. No caso de uma sanca de gesso, utilize um pincel velho para molhar com água limpa a zona da parede e do tecto onde vai colar a sanca.

Comprima a sanca na posição dese­jada. Se estiver a trabalhar com sanca de gesso, deixe um intervalo de 3 mm entre cada peça, retire a cola em excesso nos rebordos e empregue-a para tapar aquele intervalo. Aplique topo a topo as sancas de poliestireno ou poliuretano, removendo os restos de cola com um trapo limpo.

Nos cantos, comprima as extremida­des da sanca de gesso de modo a for­marem uma junção à meia-esquadria e encha as juntas com cola, usando uma faca de lâmina flexível. Quando a cola tiver endurecido, alise as juntas com lixa de grão fino. Se possível, adquira peças especiais pré-moldadas para aplicar nos cantos, de forma a ultrapassar o problema do corte à meia–esquadria.

As sancas de gesso podem ser pinta­das após aplicação de um primário ade­quado. As de poliestireno não necessi­tam de pintura. Se, no entanto, desejar pintá-las, faça-o com tinta de água, pois a de esmalte representa um perigo em caso de incêndio.

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