Como fazer um banco rústico

  • on 23 de maio de 2011
  • Likes!

Somente as uniões que mantêm entre si os elementos que constituem os dois pés do banco são definitivas; a travessa inferior e as duas tábuas do assento são fixas com parafusos tipo Ailen, o que o torna de fato um banco desmontável.

MATERIAL
ASSENTO 2 tábuas de pinho PÉS de 1.380x160x25 mm
4 montantes 2 de 450x65x45
tirantes de cima 2 de 220x65x45
tirantes de baixo de 270x65x45
TRAVESSA de 1.060 X 55 X 30
Cola de madeira
Lixa de papel
Parafusos tipo Allen
Tinta

FERRAMENTAS
Esquadro, graminho, serrote, lápis de carpinteiro, prensa, formão, furadeira, chave tipo Allen, plaina, lixadeira.

O QUE É NECESSÁRIO SABER
Antes de começar o trabalho, é necessário conhecer certos termos de carpintaria que resumem toda uma técnica. Na confecção deste banco encontram-se dois tipos de uniões, que os profissionais usam com frequência a união por forquilhamento e a união por talão e entalhe.
Com o auxílio desses dois tipos de uniões, de cola e de parafusos com sextavado interno (tipo Allen), esse banco rústico poderá ser feito sem maiores dificuldades.

DESCRIÇÃO
O banco é inteiramente feito de tábuas e caibros de pinho. Tem um assento (duas tábuas dispostas lado a lado) que repousa sobre dois pés.
Cada um dos pés é o resultado da união de dois montantes, unidos por dois tirantes, um logo abaixo da extremidade superior dos montantes e o outro disposto a 75 mm da extremidade inferior.
Uma travessa liga os dois tirantes de baixo. A travessa e as tábuas que constituem o assento podem ser desmontadas (elas são fixadas por parafusos).

CORTE DAS PEÇAS
É possível comprar a madeira cortada, pronta para o trabalho, mas mesmo assim essa medida deve ser conferida antes de se levar adiante sua execução.

UNIÕES: O TRAÇADO
Quando se trata de efetuar o traçado de uma união, é melhor traçar o macho e a fêmea ao mesmo tempo, utilizando-se a mesma regulagem do graminho.
A fêmea, chamada entalhe, recebe o macho, chamado talão. Suas dimensões devem ser exatamente iguais para se conseguir uma união perfeita.
Tenha o devido cuidado para que haja perfeita regularidade do traçado, para tanto é indispensável o uso de esquadro e graminho.
Hachure as partes de madeira que serão eliminadas para evitar erros no momento dos cortes: eis uma regra que deve ser observada para toda a preparação das uniões.

FORQUILHAMENTO OU ENTALHE?
O princípio é o mesmo. O forquilhamento usado para a união dos montantes com os tirantes de cima e com os tirantes de baixo é feito por talão e entalhe.
A união da travessa com os tirantes de baixo é um pouco diferente, pois as duas extremidades das travessas encaixam nos entalhes dispostos nos tirantes, fazendo assim a função de talões.

PREPARAÇÃO DAS UNIÕES SUPERIORES
A extremidade superior dos montantes e dos tirantes de cima são divididas em três peças correspondentes entre si.
A altura do talão corresponde ao lado menor do corte da peça (45 mm) e o tirante é colocado no sentido da largura, formando a parte superior do montante. A profundidade do entalhe é também de 45 mm.

PREPARAÇÃO DOS TIRANTES DE BAIXO
Os tirantes de baixo (220 mm) são encaixados nos dois montantes. Essa união é feita por talão e entalhe.
Faça o entalhe com uma profundidade de 20 mm. A extremidade da travessa será encaixada no entalhe do tirante.

PREPARAÇÃO DOS MONTANTES PARA A UNIÃO INFERIOR
O tirante de baixo se situa a 75 mm da extremidade inferior dos montantes. Um entalhe é feito nesse ponto já assinalado, no sentido da altura, até 20 mm de profundidade.
As outras dimensões do entalhe (comprimento e largura) são iguais àquelas do talão do tirante de baixo que aí se encaixa.

MONTAGEM
Faça uma primeira montagem, sem cola, a fim de verificar se as uniões estão corretas. Após eventuais correções, cole todas as partes, encaixe e mantenha-as prensadas até a secagem completa.
Monte os dois pés antes de colocar a travessa no seu devido
lugar.

UNIÃO DOS PÉS MAIS A TRAVESSA
Esta união é feita pelo encaixe de cada uma das extremidades da travessa nos entalhes feitos nos tirantes de baixo.
Não cole estas uniões para que o banco possa ser desmontado quando necessário.
Para essas uniões, utilizamos parafusos tipo Allen1 com buchas. Fure a partir dos tirantes de baixo depois frese a entrada dos furos: os comprimentos padrões dos parafusos são de 65 mm por 6 mm de diâmetro.
É suficiente colocar os parafusos e depois apertá-los com uma chave tipo Allen.
O aperto dos parafusos provoca o afastamento das laterais da bucha dentro da madeira, permitindo assim a desmontagem e remontagem.

COLOCAÇÃO DO ASSENTO
O assento é feito de duas tábuas de pinho, dispostas de modo que não fiquem unidas. Cada uma delas repousa sobre os montantes e sobre os tirantes superiores.
Para que possam ser desmontáveis, elas são fixadas por parafusos.

ACABAMENTO
As arestas das tábuas são aparadas, e particularmente aquelas que se encontram no assento. Dada a importância da chanfragem, é preferível usar uma plaina.
Todas as superfícies são lixadas com lixa de papel montada em uma lixadeira.
Antes de envernizar ou de pintar o banco, é aconselhável dar-lhe uma demão de um produto de tratamento fungicida e inseticida, sobretudo se o banco ficar exposto ao tempo.
Se se deseja conservar o aspecto natural da madeira, pode-se simplesmente envernizá-la após tratada. Caso queira, a madeira poderá ser laqueada, dando-lhe melhor aspecto. Nesse caso é desnecessário dar maior tratamento à madeira, pois a tinta é suficiente para assegurar-lhe a proteção.

Nota: As uniões com parafusos de sextavado interno são cómodas, mas relativamento onerosas.
Elas têm a vantagem de ser perfeitamente desmontáveis e remontáveis, o que é interessante para um móvel de grandes dimensões como este banco. Na falta desses, utilize parafusos com cabeça fresada, dos quais se podem esconder as cabeças.

Print Friendly, PDF & Email
Categorias do artigo:
Bricolage · Madeiras

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *