RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Depo-Medrol 40 mg/ml suspensão injectável  
Depo-Medrol 80 mg/2ml suspensão injectável
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada ml de Depo-Medrol contém 40 mg de acetato de metilprednisolona.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Suspensão injectável
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações Terapêuticas
A). Para administração Intramuscular 
Quando a terapêutica oral  não é viável e a concentração, dosagem e via de administraçãoindicam que  a suspensão é a alternativa aconselhável para controle da situação em  causa, ouso intramuscular de Depo-Medrol é indicado nas seguintes  situações:
1. Doenças Endócrinas 
– Insuficiência adrenocortical primária ou  secundária (a hidrocortisona ou cortisona são osfármacos de eleição,  podendo no entanto usar-se análogos sintéticos em conjugação  commineralocorticóides; nas crianças é de particular importância a  administração suplementar demineralocorticóides). 
– Insuficiência  adrenocortical aguda (a hidrocortisona ou cortisona são os fármacos de  eleição,podendo no entanto usar-se análogos sintéticos em conjugação com  mineralocorticóides). 
– Hiperplasia suprarenal congénita. 
– Hipercalcemia associada com cancro. 
– Tiroidite não supurativa.
2. Doenças Reumáticas 
Depo-Medrol usa-se como terapêutica  adjuvante para administração a curto prazo para aliviaro doente no caso  de um episódio agudo ou exacerbação de: osteoartrite  pós-traumática;sinovites de osteoartrites; artrite reumatóide incluindo a  artrite reumatóide juvenil 
(determinados casos podem requerer  terapêutica de manutenção de baixa dosagem); bursitesagudas e  sub-agudas; epicondilites; tenosinovites não específicas agudas; artrite  gotosa aguda;artrite psoriática; espondilite anquilosante.
3. Doenças do Colagéneo
Durante uma exacerbação ou como terapêutica de manutenção em casos seleccionados de: 
Lupus eritematoso disseminado; dermatomiosite sistémica (polimiosites); endocarditereumática aguda.
4. Doenças Dermatológicas 
O Depo-Medrol está indicado nos casos de: pênfigo, eritema multiforme grave (síndrome de 
Stevens-Johnson),  dermatite exfoliativa, micoses fungóides, dermatite bulhosa  herpetiforme,dermatite seborreica grave, psoríase grave.
5. Estados Alérgicos 
Controle de situações alérgicas graves ou  incapacitantes não tratáveis com a terapêuticaconvencional: asma  brônquica; dermatite de contacto; dermatite atópica; doença do  soro;rinite alérgica sasonal ou permanente; reacções de  hipersensibilidade a fármacos; reacçõesurticariformes  pós-transfusionais; edema laríngeo não-infeccioso (a epinefrina é o  fármaco deprimeira escolha).
6. Doenças Oftálmicas 
Depo-Medrol está indicado nos processos  alérgicos e inflamatórios agudos e crónicos dosolhos, tais como: Herpes  zoster oftálmico, irites, iridociclites, corioretinites,  coroiditesposteriores agudas e uveites, nevrites ópticas, oftalmia  simpática, inflamação do segmentoanterior, conjuntivites alérgicas,  úlceras alérgicas marginais da córnea e queratites e reacçõesde  hipersensibilidade ao fármaco.
7. Doenças gastrointestinais 
Para apoiar o doente durante os  períodos críticos das seguintes doenças: colite ulcerativa eenterite  regional (terapêutica sistémica).
8. Doenças Respiratórias 
Depo-Medrol está indicado nos casos de: tuberculose pulmonar fulminante ou disseminada 
(quando  usado concomitantemente com quimioterapia anti-tuberculosa  apropriada),sarcoidose sintomática, beriliose, síndrome de Loefler (não  tratável por outros meios) epneumonite de aspiração.
9. Doenças hematológicas 
Anemia hemolítica adquirida (autoimune),  trombocitopénia secundária nos adultos,eritroblastopénia, anemia  hipoplásica congénita (eritróide).
10. Doenças neoplásicas 
Para o tratamento paliativo de leucemias e linfomas em adultos e leucemia aguda da infância.
11. Estados edematosos 
Para indução da diurese ou remissão da  proteinúria no síndrome nefrótico, sem urémia, dotipo idiopático ou  devida a lúpus eritematoso.
12. Sistema nervoso 
Exacerbação aguda de esclerose múltipla.
13. Outros 
Meningite tuberculosa com bloqueio subaracnoideio ou  ameaça de bloqueio, quando usadoconcomitantemente com quimioterapia  antituberculosa. 
Triquinose com envolvimento neurológico ou do miocárdio.
B). PARA ADMINISTRAÇÃO INTRASSINUVIAL OU NOS TECIDOS MOLES 
(incluindo periarticular e intrabursal) VER 4.4 ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 
ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO. 
Depo-Medrol  está indicado como terapêutica adjuvante, a curto prazo, para alívio do  doentedurante uma crise aguda ou exacerbação nos seguintes casos:  sinovites de osteoartrites; artritereumatóide; bursites agudas e  sub-agudas; epicondilites; tenosinovites não específicas agudas;artrite  gotosa aguda; osteoartrite pós-traumática;
C). PARA ADMINISTRAÇÃO INTRALESIONAL 
Para administração  intralesional nas seguintes indicações: quelóides; lesões  inflamatóriaslocalizadas, hipertróficas e infiltradas devidas a: líquen  planus, placas psoriáticas, granulomaanular e líquen simplex crónico  (neurodermatite), lúpus eritematoso discóide, necrobiosislipódica  diabeticorum e alopécia areata. 
Depo-Medrol pode também ser útil nos tumores císticos de uma aponeurose ou tendão 
(gânglios).
D). PARA INSTILAÇÃO RECTAL 
Colites ulcerativas.
4.2 Posologia e modo de administração
Devido a possíveis incompatibilidades físicas, o Depo-Medrol suspensão injectável não deveser diluído ou misturado com outras soluções. Os fármacos para administração parentéricadevem ser inspeccionados visualmente para detecção de partículas e coloração, sempre que asolução e a embalagem o permitam.
Administração para efeito local 
A terapêutica com Depo-Medrol não  evita a instituição de terapêutica convencional. Apesardeste meio de  tratamento aliviar os sintomas, não tem actividade curativa sobre o  agenteetiológico da inflamação.
Doença reumatóide e osteoartrite. A dose para administração intra-articular depende dotamanho da articulação e varia com a gravidade da situação a tratar em cada doente. Em casoscrónicos, as injecções podem ser repetidas com intervalos que variam de uma a cinco ou maissemanas dependendo do grau de alívio obtido após a injecção inicial. As doses no quadroseguinte constituem um guia posológico:
Tamanho da Articulação 
 Exemplos 
 Dose 
 Grande 
 Joelho, tornozelo, ombro 
 20 a 80 mg 
 Média 
 Cotovelo, pulso 
 10 a 40 mg 
 Pequena Metacarpofalângica, 
 interfalângica, 
 4 a 10 mg 
 esternoclavicular e acromioclavicular 
Técnica: 
Recomenda-se o estudo anatómico da articulação antes de se tentar uma injecção intra-
articular.  Para obtenção do efeito anti-inflamatório completo é importante que a  injecção sejafeita no espaço sinovial. Empregando a mesma técnica  estéril da punção lombar, inserir uma 
agulha de 20 a 24 G. (em seringa seca) rapidamente na cavidade sinovial. Uma infiltração deprocaína é electiva. A aspiração de apenas algumas gotas de fluido articular prova que aagulha penetrou no espaço pretendido. O local da injecção é determinado pelo ponto onde acavidade sinovial é mais superficial, menos vascularizada e menos enervada. Com a agulha naposição, retira-se a seringa de aspiração e substitui-se por outra seringa contendo a quantidadedesejada de Depo-Medrol. Aspira-se novamente um pouco de líquido sinovial para noscertificarmos de que a agulha continua na posição correcta. Após a injecção faz-se amobilização passiva da articulação para promover a mistura do líquido sinovial com asuspensão. Cobre-se o local com uma compressa esterilizada.
O joelho, tornozelo, pulso, cotovelo, ombro, as articulações falângicas e a coxa são bonslocais para injecção intra-articular. Na coxa devem tomar-se precauções para evitar os grandesvasos desta área. As articulações que não se podem utilizar para injecção intra-articular são asanatomicamente inacessíveis tais como: articulações da coluna e as desprovidas de espaçosinovial, como as sacroilíacas. Em regra, o insucesso terapêutico resulta da impossibilidade deacesso ao espaço sinovial. A injecção nos tecidos circundantes proporciona pouco ou nenhumalívio. Quando se verifica insucesso, apesar da injecção ter sido administrada no espaçosinovial em regra, é irrelevante repetir o esquema posológico.
A terapêutica local não altera o processo patológico subjacente e, sempre que possível, deveser acompanhada por fisioterapia e correcção ortopédica.
Após a terapêutica intra-articular com esteróides, deverá evitar-se o trabalho excessivo dasarticulações nas quais se obteve benefício sintomático. Se não forem tomadas as devidasprecauções pode ocorrer um aumento na deterioração das articulações o que anulará os efeitosbenéficos do esteróide.
Não se deve injectar nas articulações instáveis. Injecções intra-articulares repetidas podemprovocar em alguns casos instabilidade nas articulações. Em casos especiais sugerem-seexames radiológicos para rastreio de deterioração.
Se se usar um anestésico local antes da injecção de Depo-Medrol devem respeitar-se asobservações incluídas no folheto informativo.
Bursite 
Desinfecta-se o local da injecção e anestesia-se com  cloridrato de procaína a 1%. Introduz-sena bolsa uma agulha de 20 a 24 G  e aspira-se o líquido sinovial com uma seringa. Muda-se deseringa e  injecta-se a dose necessária. Após a injecção retira-se a agulha e  cobre-se o localcom uma compressa.
Miscelâneos: Quistos Sinoviais, Tendinites, Epicondilites 
No  tratamento de situações tais como tendinites ou tenosinovites, deve  ter-se cuidado emaplicar um antiséptico eficaz sobre a pele e injectar a  suspensão na bainha tendinosa e não notecido tendinoso. O tendão  palpa-se facilmente em extensão. Devido à ausência de umaverdadeira  bainha tendinosa no tendão de Aquiles, não se deve utilizar o  Depo-Medrol nestasituação. Ao tratar situações como a epicondilite deve  definir-se cuidadosamente a área maissensível à dor, injectando a  suspensão na zona. Para os quistos sinoviais das bainhastendinosas a  suspensão é injectada directamente no quisto. Em muitos casos uma  únicainjecção proporciona uma redução marcada no volume do quisto que  pode mesmo regredir. 
As precauções de assépsia habituais devem ser observadas em cada injecção. 
A dose para o tratamento destas situações varia em cada caso entre 4 e 30 mg. Nas situaçõescrónicas ou recorrentes pode ser necessário repetir as injecções.
Injecções de acção local em situações dermatológicas 
Após a desinfecção com um antiséptico apropriado como álcool a 70%, injectam-se na lesão 
20  a 60 mg de suspensão. Pode ser necessário distribuir as doses entre 20 a  40 mg, eminjecções locais repetidas no caso de grandes lesões. Deve  ter-se cuidado em evitar a injecçãode quantidade passível de provocar  descoloração, pois há a probabilidade de aparecimento deuma zona  necrosada. Em regra utilizam-se 1 a 4 injecções variando o intervalo  entre elas como tipo de lesão, duração e grau de melhoras registadas.
Administração para efeito sistémico 
A posologia para  administração intramuscular varia com a situação a tratar. Quando se  desejaum efeito prolongado a dose semanal pode ser calculada  multiplicando a dose oral diária porsete, e administrada de uma só vez  por injecção intramuscular.
O esquema posológico deve ser individualizado de acordo com a gravidade da doença eresposta do doente. Para recém-nascidos e crianças a posologia deve ser reduzida, mas deveráser determinada mais pela gravidade da situação clínica do que pelo observância da relaçãoindicada pela idade ou pelo peso corporal.
A terapêutica hormonal é um adjuvante e não um substituto da terapêutica convencional. Aposologia deve ser diminuída ou abandonada gradualmente sempre que o fármaco foradministrado por um período razoável. A gravidade, o prognóstico, possível duração dadoença e reacção do doente à medicação são os principais factores determinantes daposologia. Se ocorrer um período de remissão espontânea numa situação crónica a terapêuticadeve ser abandonada. Durante uma terapêutica prolongada devem realizar-se exameslaboratoriais de rotina tais como: análise de urina, glicémia pós-prandial, Rx tórax,determinação da pressão arterial e peso corporal. Doentes com antecedentes de úlcera ouapresentando dispepsia significativa devem realizar Rx do tracto gastrointestinal superior.
Nos doentes com síndrome adrenogenital pode ser suficiente uma injecção intramuscular de 
40  mg de 2 em 2 semanas. A dose de manutenção para os doentes com artrite  reumatóidevaria entre 40 e 120 mg por semana. Para as lesões  dermatológicas a dose intramuscularsemanal pode variar entre 40 e 120 mg  durante um período de tratamento de 1 a 4 semanas. 
Nas dermatites  agudas e graves, pode obter-se alívio 8 a 12 horas após a administração  deuma única dose de 80 a 120 mg. Nas dermatites de contacto crónicas  podem ser necessáriasinjecções repetidas com intervalos de 5 a 10 dias.  Na dermatite seborreica pode bastar umadose semanal de 80 mg para  controlar a situação.
Nos doentes asmáticos pode obter-se alívio entre 6 a 48 horas, podendo durar desde váriosdias até semanas, apenas com uma injecção de 80 a 120 mg. Do mesmo modo, nos doentescom rinite alérgica (febre dos fenos) uma dose de 80 a 120 mg pode provocar alívio após 6horas, mantendo-se até 3 semanas.
Se há sinais de stress associados com a situação em tratamento deve aumentar-se a posologia. 
Caso  seja necessário um efeito hormonal intenso e rápido recomenda-se a  administraçãointravenosa de succinato sódico de metilprednisolona, dada a  sua elevada solubilidade.
Administração intrarectal 
Depo-Medrol em doses de 40 a 120 mg administrado em enemas de retenção ou por gota-a-
gota  contínuo, 3 a 7 vezes por semana, durante duas ou mais semanas,  demonstrou ser umaterapêutica adjuvante útil no tratamento de alguns  doentes com colite ulcerativa. Muitosdoentes podem ser controlados com  40 mg de Depo-Medrol administrado em 30 a 300 ml de 
água, dependendo do grau de envolvimento da mucosa inflamada. Devem instituir-se outrasmedidas terapêuticas convencionais.
Modo de administração: via intramuscular, via intrassinuvial e nos tecidos moles, viaperiarticular, uso intralesional, instilação rectal.
4.3 Contra-indicações
Administração intratecal. 
Administração intravenosa. 
Infecções fúngicas sistémicas. 
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Este medicamento não se destina a utilização multi-dose. Após administração da doseindicada, qualquer suspensão restante deverá ser inutilizada.
Embora os cristais de adrenocorticosteróides na derme suprimam a  reacção inflamatória, a suapresença pode causar desintegração dos  elementos celulares e alterações físico-químicas naestrutura do tecido  conjuntivo. Estas alterações atróficas podem originar depressões  poucoprofundas no local da injecção, proporcionais à dose de esteróide  injectada. Em regra, aregeneração é completa dentro de poucos meses, ou  depois de todos os cristais terem sidoabsorvidos. 
A fim de reduzir a  incidência da atrofia da derme e subderme, deve-se evitar exceder as  dosesindicadas para as injecções intradérmicas. Sempre que possível,  devem fazer-se múltiplaspequenas injecções na área da lesão. A técnica  da injecção intra-sinovial e intramuscular deveincluir precauções para  evitar a injecção ou extravasão na derme. A injecção no músculodeltóide  deverá ser evitada devido a uma elevada incidência de atrofia  subcutânea.
Aos doentes sob corticoterapia, sujeitos a um stress anormal, deve administrar-se uma dosesuplementar de corticosteróides de acção rápida, antes, durante e após a situação de stress.
Os corticosteróides mascaram por vezes alguns sinais de infecção podendo surgir durante asua utilização novas infecções. Regista-se também uma diminuição da resistência eincapacidade de localização da infecção. Na presença de infecção aguda não usar as viasintra-sinovial, intrabursal ou intratendinosa para obtenção de efeito local.
O uso prolongado de corticosteróides pode provocar cataratas sub-capsulares posteriores,glaucoma com possível lesão dos nervos ópticos e pode potenciar a ocorrência de infecçõesoculares secundárias devido a fungos ou vírus.
Têm sido referidas reacções cutâneas de carácter alérgico aparentemente relacionadas com osexcipientes utilizados na formulação. Os testes cutâneos raramente foram positivos para oacetato de metilprednisolona per se.
Os corticosteróides devem ser usados com precaução em doentes com herpes simplex oculardevido a uma possível perfuração da córnea.
Durante o tratamento com corticosteróides podem ocorrer alterações psíquicas que vão desdeeuforia, insónia, alterações do humor e de personalidade, depressão grave a manifestaçõesclaramente psicóticas. Do mesmo modo, caso exista instabilidade emocional ou tendênciaspsicóticas pode dar-se o seu agravamento com o uso de corticosteróides.
Os corticosteróides devem ser usados com precaução em colites ulcerativas não específicas,com probabilidades de perfuração, abcessos ou outras infecções piogénicas. Também se deveter cuidado nas diverticulites, anastomoses intestinais recentes, úlcera péptica activa oulatente, insuficiência renal, hipertensão, osteoporose e miastenias graves, em que os esteróidessão utilizados sob indicação específica ou como terapêutica adjuvante.
Foram reportados casos de convulsões em administração simultânea de metilprednisolona eciclosporina. Uma vez que a administração concomitante destes dois fármacos resulta numainibição mútua do metabolismo, é possível que haja maior probabilidade de ocorrência deconvulsões e outros efeitos secundários associados ao uso de cada fármaco individualmente.
A administração prolongada de uma terapia com dose diária de glucocorticóide pode suprimiro crescimento nas crianças. O uso de tal regime deve ser restringido aos casos de indicaçãomais séria.
As precauções seguintes aplicam-se aos corticosteróides administrados parenteralmente. Ainjecção intra-sinovial de um corticosteróide pode produzir efeitos sistémicos bem comoefeitos locais.
A confirmação de presença de fluido sinovial é necessária para exclusão de um processoinfeccioso.
Aumento da sensação dolorosa acompanhado por edema local, com redução articular motora,febre e mal estar geral são indicativos de artrite séptica. Caso tal se verifique e se confirme odiagnóstico de sepsis deve instituir-se uma terapêutica antibacteriana apropriada.
Deve evitar-se a injecção local de um esteróide numa articulação previamente infectada. Oscorticosteróides não devem ser injectados em articulações instáveis.
Deve utilizar-se sempre técnica estéril para prevenir infecções ou contaminação.
O grau de absorção por via intramuscular é mais lento.
Apesar dos ensaios clínicos controlados terem demonstrado que os  corticosteróides sãoeficazes na rapidez de resolução de exacerbações  agudas de esclerose múltipla, não provamque os corticosteróides afectem a  história clínica da situação. Contudo, foi demonstrado quepara se obter  um efeito significativo é necessária a administração de doses elevadas  decorticosteróides. (ver 4.2 Posologia e modo de administração). 
Em  virtude das reacções associadas aos glucocorticoides dependerem da dose e  duração dotratamento, deve-se ponderar os possíveis riscos/benefícios  em cada caso individualmente, 
tanto no que respeita à dose como à duração do tratamento. Deve também ponderar-se aadequabilidade da terapêutica diária ou intermitente.
Carcinogénese, mutagénese, alterações da fertilidade 
Não existe evidência de que os corticosteróides sejam carcinogénicos, mutagénicos, oualterem a fertilidade.
Precauções especiais
Depo-Medrol não deve ser administrado por qualquer via que não as descritas na secção 4.1 
Indicações  terapêuticas. É muito importante que, durante a administração de  Depo-Medrolseja usada a técnica e os cuidados necessários que assegurem a  colocação exacta damedicação.
A administração por outras vias que não as indicadas tem sido associada a relatos deocorrências médicas graves, incluindo: aracnoidite, meningite, paraparesia/paraplegia,perturbações sensoriais, disfunção intestinal/urinária, convulsões, insuficiência visualincluindo cegueira, inflamação ocular e periocular, e efeito residual ou tumefacção no local dainjecção. Devem ser tomadas precauções que evitem a injecção intravascular.
Os doentes, enquanto submetidos à terapêutica pelos corticosteróides, não devem servacinados contra a varíola. Não devem ser considerados outros processos de imunização nosdoentes recebendo corticosteróides, particularmente se em doses elevadas, devido ao possívelrisco de complicações neurológicas e a uma ausência de resposta de anticorpos.
O uso de Depo-Medrol na tuberculose activa deve ser apenas aplicado aos casos detuberculose fulminante ou disseminada nos quais os corticosteróides são usados comoadjuvantes duma terapêutica antituberculosa adequada.
Se forem administrados corticosteróides a doentes com tuberculose  latente ou comreactividade à tuberculina deve efectuar-se uma observação  cuidada a fim de detectar umapossível reactivação da doença. Durante  uma corticoterapia prolongada estes doentes devemtambém receber  quimioprofiláticos. Devido ao facto de, por vezes, ocorrerem  reacçõesanafiláticas em doentes sob corticoterapia parenteral é  conveniente instituirem-se medidaspreventivas antes do início do  tratamento, especialmente nos doentes com história pregressade alergia a  qualquer fármaco. 
Depo-Medrol não deve ser administrado a doentes  com hipotiroidismo, estados psicóticos,insuficiência cardíaca, diabetes  mellitus ou glaucoma.
Não é recomendada a interrupção abrupta da terapêutica com corticosteróides sistémicos, emespecial quando administradas doses supra-fisiológicas por um período superior a 3 semanas,em doentes submetidos a esquemas terapêuticos prévios de longa duração (meses a anos) noano prévio ao tratamento com Depo-Medrol e em doentes em que existe a possibilidade deinsuficiência supra-renal de causa endógena.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
As interacções potenciais, seguidamente discriminadas, são clinicamente importantes. O usoconcomitante da ciclosporina e metilprednisolona pode provocar a inibição recíproca do
 metabolismo, pelo que é provável a ocorrência de efeitos adversos  associados à administraçãoindividual de qualquer um destes fármacos.  
Tem  sido referida a ocorrência de convulsões, relacionada com a  administração concomitantede metilprednisolona e ciclosporina. Fármacos  indutores de enzimas hepáticos, tais como,fenobarbital, fenitoína e  rifampina podem provocar o aumento da depuração dametilprednisolona  tendo que se recorrer ao aumento da dose da metilprednisolona  paraobtenção da resposta requerida. A administração de troleandomicina e  quetoconazol podeinibir o metabolismo da metilprednisolona, diminuindo,  assim, a sua eliminação. A dose demetilprednisolona deve ser dissolvida  de modo a evitar toxicidade esteróide. Ametilprednisolona pode aumentar  os níveis de eliminação do regime crónico de altas doses daaspirina,  diminuindo os níveis séricos de salicilato ou ainda aumentar o seu risco  detoxicidade, quando interrompido o tratamento com metilprednisolona. O  uso concomitante daaspirina com corticosteróides deve ser  cuidadosamente controlado em doentes comhipoprotrombinémia. O efeito da  metilprednisolona sobre as formas orais de anticoagulantes évariável.  Têm sido reportados efeitos relevantes e, clinicamente, pouco  significativos,referentes à administração associada de anticoagulantes  com corticosteróides, sendo, por isso,recomendável controlar os índices  de coagulação para a manutenção do efeito coagulantedesejado.  
Bloqueadores  neuromusculares (como pancurónium) podem induzir reversão parcial  dobloqueio muscular. A digoxina pode induzir perturbações electrolíticas  com expoliação depotássio (ver efeitos indesejáveis) e potencial  cardiotoxicidade. Os fármacos antidiabéticos 
(insulina,  glibenclamida e metformina) podem induzir os efeitos diabetogénicos  doscorticosteróides. Antihipertensores: retenção hídrica e aumento da  pressão arterial.
4.6 Gravidez e aleitamento
Não se realizaram estudos de reprodução apropriados no homem com corticosteróides. 
Portanto,  no que respeita à reprodução no homem, o uso deste fármaco na gravidez,  nas mãesque estão no período de aleitamento, ou nas mulheres que têm  potencial de engravidar, exigeque se analisem as vantagens destes  medicamentos relativamente aos riscos potenciais querepresentam para a  mãe e para o embrião ou feto. Uma vez que não existe evidência  clara,relativamente à segurança do fármaco na gravidez humana, este  fármaco deverá apenas serusado nesta situação em caso de manifesta  necessidade.
Gravidez 
Os corticosteróides atravessam rapidamente a placenta.  Os recém-nascidos de mães quereceberam doses substanciais de  corticosteróides durante a gravidez, devem sercuidadosamente observados e  analisados afim de se diagnosticarem sinais de insuficiênciasuprarenal;  pode eventualmente haver o risco de ocorrência de fenda palatina e  atraso docrescimento intra-uterino. Não se conhecem os efeitos dos  corticosteróides no trabalho departo.
Aleitamento 
Os corticosteróides são excretados no leite materno e  podem impedir o crescimento ouprovocar outros efeitos adversos nos  lactentes. As mulheres sob tratamento comcorticosteróides devem ser  aconselhadas a não amamentar.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não se aplica.
4.8 Efeitos indesejáveis
Nota: Os efeitos indesejáveis seguidamente indicados são típicos para todos oscorticosteróides sistémicos. A sua inclusão nesta lista não significa necessariamente quesejam observados particularmente com este fármaco.
Perturbações Hidro-Electrolíticas 
Retenção de sódio;  insuficiência cardíaca congestiva em doentes susceptíveis; retenção  defluidos; perda de potássio; alcalose hipo-calémica.
Musculoesqueléticos 
Miopatia esteróide; fraqueza muscular;  osteoporose; fractura patológica; fractura de vértebraspor compressão;  necrose asséptica, ruptura de tendões, particularmente do tendão de  Aquiles.
Gastrointestinais 
Úlcera péptica, com possível perfuração e hemorragia; hemorragia gástrica; pancreatite;esofagite; perfuração intestinal. 
Na  sequência de terapêutica corticosteróide foram observados aumentos dos  níveis de alaninatransaminase (ALT, SGPT), aspartato transaminase (AST,  SGOT) e fosfatase alcalina. Estasalterações, dissociadas de qualquer  síndrome clínico, foram normalmente irrelevantes tendosido reversíveis  quando se procedeu à interrupção do tratamento.
Dermatológicos 
Dificuldade de cicatrização de feridas; petéquias e equimoses; fragilidade cutânea. 
Hirsutismo, acne, aumento da sudação e estrias cutâneas (após terapêuticas prolongadas).
Metabólicos 
Balanço azotado negativo devido a catabolismo proteico.
Neurológicos 
Convulsões, aumento da pressão intracraniana, pseudotumor cerebral; perturbações psíquicas,cefaleias.
Endócrinos 
Irregularidades menstruais; desenvolvimento de estado  Cushingóide; supressão do eixopituitário-suprarenal; supressão do  crescimento em crianças; redução da tolerância aoscarbohidratos;  manifestações de diabetes mellitus latente; aumento das necessidades  deinsulina ou agentes hipoglicémicos orais nos diabéticos.
Oftálmicos 
Cataratas subcapsulares posteriores; aumento da pressão intraocular; exoftalmia. Glaucoma epapiloedema.
Sistema Imunológico 
Dissimulação de infecções; infecções latentes  que se tornam activas; infecções oportunistas;reacções de  hipersensibilidade incluindo anafilaxia; supressão das reacções aos  testescutâneos; leucocitose.
Respiratórias
Infecções oportunistas como a pneumonia a pneumocistis carinii e tuberculose pulmonar.
Cardiovasculares 
Disrritmias cardíacas (assistolia e arritmias supraventriculares) e hipertensão.
As seguintes reacções secundárias estão relacionadas com a administração parentérica decorticosteróides: Casos raros de cegueira associados com terapêutica intralesional nas áreas daface e cabeça; reacções anafiláticas ou alérgicas; hiper ou hipopigmentação; atrofiasubcutânea e cutânea; afrontamento após a injecção intra-sinovial; artropatia do tipo Charcot;infecções no local da injecção na sequência de técnicas não estéreis; abcesso estéril.
Não é recomendada a interrupção abrupta da terapêutica com corticosteróides sistémicos, emespecial quando administradas doses supra-fisiológicas por um período superior a 3 semanas,em doentes submetidos a esquemas terapêuticos prévios de longa duração (meses a anos) noano prévio ao tratamento com Depo-Medrol e em doentes em que existe a possibilidade deinsuficiência supra-renal de causa endógena.
4.9 Sobredosagem
Não há síndrome clínico de sobredosagem aguda com Depo-Medrol suspensão injectável 
(acetato de metilprednisolona).
Doses frequentes e repetidas (diárias ou várias vezes por semana) durante períodosprolongados podem originar um estado Cushingóide, e outras complicações da terapia crónicacom esteróides.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 8.2.2 Glucocorticóides 
Código ATC: H02A B04
A metilprednisolona é um potente esteróide anti-inflamatório que excede a prednisolona empoder anti-inflamatório, tendo uma tendência inferior à prednisolona para induzir a retençãode sódio e água.
O acetato de metilprednisolona possui actividades anti-inflamatórias, imunosupressoras eanti-alérgicas acentuadas e de efeito prolongado.
A suspensão injectável do acetato de metilprednisolona pode ser administradaintramuscularmente no caso de se pretender uma acção sistémica prolongada tal como, in situem caso de tratamento local. A acção prolongada do acetato de metilprednisolona deve-se àlibertação lenta da substância activa.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Num estudo de biodisponibilidade realizado com 30 indivíduos, determinou-se que a extensãoda absorção da metilprednisolona foi: AUC = 1053 ng x h/ml e que a concentração séricamáxima foi de: Cmax = 8,89 ng/ml. O tempo de semi-vida foi: T1/2 = 139 h.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Alguns estudos realizados em animais demonstraram que os corticosteróides, quandoadministrados à mãe em doses elevadas, podem causar malformações fetais.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos Excipientes
Polietilenoglicol 3350, cloreto de sódio, cloreto de miristil-gama-picolínio, hidróxido desódio, ácido clorídrico e água para injectáveis.
6.2 Incompatibilidades
Devido à possibilidade de ocorrência de incompatibilidades físicas, a suspensão injectável deacetato de metilprednisolona não deverá ser diluída ou misturada com outras soluções.
6.3 Prazo de validade
5 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar o medicamento a temperatura inferior a 30°C
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco para injectáveis: vidro classe I, rolha de borracha butílica.
Seringa pré-cheia: cilindro de vidro classe I, êmbolo de borracha butílica, disco de têflonrevestido a borracha natural, agulha de aço inoxidável
6.6 Precauções especiais de eliminação
Frasco para injectáveis: o frasco deve ser vigorosamente agitado  antes da utilização de formaa assegurar que a dose a administrar se  encontra uniformemente suspensa. 
Seringa pré-cheia para administração única: agitar vigorosamente de modo a obter umasuspensão uniforme. 
1- Remover a tampa; 
2- Colocar a agulha usando técnica asséptica; 
3- Remover o protector da agulha. 
A seringa está agora pronta para ser usada.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Pfizer, Lda. 
Lagoas Park, Edifício 10 
2740-271 Porto Salvo
8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
8114314 – Depo-Medrol 40 mg/1 ml x 3 frascos para injectáveis 
5109038 – Depo-Medrol 40 mg/1 ml x 5 frascos para injectáveis 
8114306 – Depo-Medrol 80 mg/2 ml x 1 seringa pré-cheia
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA DE INTRODUÇÃO NO 
MERCADO
Março de 1965
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO


